Tu me
pediste ajuda não foi?
E me
esforçando tentei te ajudar
Mal
sabias tu, que eu era quem dela precisava
Pois
minha cabeça, em maior estado de caos se encontrava
E em
delírio tão imundo
Os
restos de um vagabundo
Tentavam
te consolar
Agora
observo a esmo
O tudo
do nada que me dói
Os
esforços que foram em vão, o viver na contra mão
O nascer
que me corrói
Aquela
velha influência, coitada! Entrou em decadência
E eu que
me inspirava por ela
Agora
exijo do monólogo, alguma cor pra minha tela
Mas não
há novidade, não!
O tal
viver eu já previa
Quis
olhar o horizonte, quis alegrar o meu semblante
Fiz tudo
certo com esmero em demasia
O
problema é a tal sorte, atrapalhar é o seu esporte
Esmoreceu
até a
meus heróis! Sem armas ficaram sós
E de
repente com eles eu perecia
Relembro
ainda as risadas sem graça
O “só
quero saber do que pode dar certo”
Os
amigos que se perderam, as tardes que anoiteceram
O
entristecer, em ameaça de estar por perto
Ainda me
sinto jovem, sabe?
E
passando por cima de tudo
Mas é
que por estar cansado, o falante ficou mudo
E ainda
tem que tecer o seu destino incerto
Não, não
é o meu lugar! É o dissonar que arrebenta
Que
divide, diminui ou acrescenta
É uma
linguagem indireta
Que
interrompe o meu olhar em linha reta;
Que
impede uma glória,
Dissolvendo
uma memória;
Que enfraquece;
que envelhece;
E que
suja a história
Não é
ninguém, e não sou eu
Fazer o
que? Melhor dizer: meu deus...meu deus!
Autor: (Valdeci Silva) agosto de 1997
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